As indústrias criativas assumem um papel cada vez maior na sociedade, servindo de potenciador de mudanças e inovações que acabam por transformar o nosso dia a dia. Formas de arte ou entretenimento como os jogos eletrónicos, a arte digital ou a animação, por exemplo, têm um impacto avassalador, ao alcançarem centenas de milhões de pessoas. E as tecnologias de última geração, como as possibilitadas pela rede 5G, aceleram ainda mais as capacidades das mentes criativas e são a combinação certa para mudar o mundo. Foi nesse sentido que a NOS se associou novamente, e com ainda mais força, ao Trojan Horse was a Unicorn (THU), a principal montra mundial de entretenimento digital.
Juntar o mundo empresarial ao mundo dos artistas
Para João Ricardo Moreira, Administrador da NOS Comunicações, “a arte e a criatividade chegam primeiro às coisas do que a ciência”. João Ricardo Moreira dá como exemplos os casos descritos no livro “Proust era um Neurocientista”, de Jonah Lehrer, pessoas que, pela criatividade na sua área, anteciparam descobertas científicas. Como Marcel Proust, que com a sua escrita em reclusão “conseguiu demonstrar como é que a mente organiza as memórias”. E a faísca que potencia a criatividade está muitas vezes na tecnologia, que amplifica a capacidade dos artistas.
Precisamos que sejam os artistas a especular, a ter flashes de visão de como será o futuro, mais sustentável e mais inclusivo.
“Os artistas têm de perceber que são importantes para a sociedade”. A frase de André Luís, criador do Trojan Horse was a Unicorn em 2013, resume um pouco o percurso feito por este movimento, que deu força e visibilidade a todo o tipo de talentos do entretenimento digital. O THU colocou Tróia no mapa mundial da criatividade, do gaming e da animação, e põe hoje os olhos das maiores empresas de entretenimento nesta plataforma de formação, networking e conhecimento. Um verdadeiro unicórnio de criatividade, com ligações a 110 países.
A associação da NOS à comunidade THU materializa-se no apoio ao main event de Tróia, de 19 a 24 de setembro, mas também na promoção de concursos de criatividade - um deles dedicado especificamente a estudantes portugueses - e na criação de um laboratório 5G em Lisboa. O laboratório THU Human Behavior Center “faz o cruzamento entre a arte e a tecnologia, tendo em vista um mundo mais sustentável e inclusivo”, explica João Ricardo Moreira, entusiasmado com o desafio de “juntar no mesmo espaço físico mundos que no dia a dia andam separados, mas que fazem parte da mesma construção”.
André Luís trouxe o THU de volta a Portugal em 2021 e não esconde o entusiasmo de ter uma parceria com a NOS: “É espetacular ter estas bases de trabalho para desenvolver a indústria. Trazer o lado menos artístico, para que percebam a importância deste setor, que pode ter um impacto gigantesco no mundo”. Sobre o laboratório 5G, acredita que “vai permitir trabalhar aquilo que nós fazemos melhor, que é mudar comportamentos”.
5G abre mais portas à criatividade
Para João Ricardo Moreira, o 5G é um catalisador da disrupção tecnológica. O Administrador da NOS Comunicações entende que “há competências que só existem no mundo artístico e há um valor enorme para a sociedade em trazê-las para esta transformação”. O objetivo da NOS, com o THU e com a rede 5G em geral, “é criar esse futuro”. Jorge Graça, também Administrador Executivo da NOS, acredita igualmente que a comunidade criativa pode aproveitar o 5G: “Estamos a dar as peças de design e a possibilidade de construção. Estamos à espera da arte para construir em cima desta plataforma”.
Um bom exemplo do contributo económico e social das indústrias criativas pode ser encontrado no gaming. Produtoras de jogos evoluíram para multinacionais que tocam várias áreas. Se antes havia um jogo para determinado filme, hoje em dia é o cinema que vai atrás dos jogos de maior sucesso para criar blockbusters. O mesmo para a BD, sendo exemplo paradigmático o percurso da Marvel.
A Epic Games, criadora do jogo Fortnite, já colabora regularmente em produções da Disney do universo Star Wars. E vai também ajudar a Volvo a melhorar os grafismos no ecrã multimédia de carros.
Velocidade, largura de banda, latência, qualidade de streaming, rapidez na conectividade de diversos dispositivos interligados, recurso à cloud e à inteligência artificial. Tudo isso são fatores críticos para o trabalho dos artistas digitais e pode ser impactado positivamente pela quinta geração móvel, que tem ao mesmo tempo a capacidade de servir de tela, de lápis, de cavalete ou de sala onde os criadores soltam a imaginação.
Golden Ticket para os jovens e para a sustentabilidade
O Trojan Horse was a Unicorn aposta na inclusão e procura integrar da mesma forma todos os membros da comunidade. Os oradores são conhecidos como knights, cavaleiros que ajudam o THU a inspirar mais criativos. Essa missão passa também por cativar os jovens. André Luís organiza um roadshow por escolas, também com o apoio da NOS, e defende que “é necessário sensibilizar, ir para o terreno e começar a trabalhar alguma coisa, porque o problema maior é a educação”.
Segundo a ONU, as áreas da Economia Criativa representam 50 milhões de empregos em todo o mundo e são as que empregam mais jovens até aos 30 anos.
Um dos incentivos do THU, tanto para estudantes como profissionais, é o Golden Ticket. O desafio internacional de ideias destina-se a artistas 2D e 3D e este ano centra-se no tema ‘Agentes de Mudança’. Patrocinado pela NOS, o concurso promove a criatividade como ferramenta de inovação e de resposta para um futuro mais sustentável. “É uma espécie de desafio à comunidade criativa de nos dizer como será esse mundo sustentável e inclusivo”, explica João Ricardo Moreira, lembrando que “se nós estivermos à espera da ciência, conservadora e prudente, vamos demorar demasiado tempo”.
Para receberem o ‘bilhete dourado’ para o evento, os participantes são desafiados a revelarem a ideia finalizada e também as várias fases do processo criativo. 2022 trouxe ainda uma novidade: um concurso especial aberto apenas a estudantes portugueses. O júri do Golden Ticket, que abarca 5 países e dois continentes, é composto por João Ricardo Moreira, pelo ilustrador francês Marc Simonetti, pelos artistas 3D José Alves da Silva (Portugal) e Victor Hugo (Brasil), pela pintora e escultora norte-americana Nadezda, e pela criadora de aromas alemã Sabine Engelhardt.
Portugal consegue gerar e reter talento criativo
Em maio, a NOS e o THU promoveram um debate sobre criatividade com três especialistas de áreas distintas: Paulo Silva, fundador da escola de código 42 Lisboa; José Alves da Silva, ilustrador de personagens 3D; e Jorge Graça, Administrador Executivo da NOS com o pelouro da Tecnologia. Têm percursos muito diferentes, mas uma visão comum para Portugal: é preciso encontrar e apoiar talento criativo.
“A existência de talento é determinante para a capacidade de criar, é assim em todas as áreas digitais”, defende Paulo Silva, que acaba de levar também para o Porto a escola de programação francesa 42, que não tem horários, professores ou propinas. O objetivo passa agora por levar o método da 42 a outras áreas do conhecimento, incluindo a indústria criativa com o THU.
Portugal tem capacidade para atrair mais talento, mais equipas de produção de conteúdo, mais estúdios.
José Alves da Silva - que se sente um “emigrante digital” há 8 anos, pois o seu trabalho de caracterização 3D para jogos é todo feito para fora de Portugal - considera que “criar talento e reter talento são coisas diferentes”, pelo que há necessidade e condições para colocar esse talento ao serviço do país ou de empresas portuguesas. A opinião é partilhada por Jorge Graça, que entende que Portugal pode e deve ter uma palavra a dizer na área criativa. Para o Administrador Executivo da NOS, o país tem “boas infraestruturas, diversidade de paisagens, cultura e clima, e áreas de suporte técnicas interessantes”.
Essa é a visão da NOS, que acredita no potencial transformador do 5G em todas as áreas, como a indústria criativa. E é a visão do Trojan Horse was a Unicorn e de André Luís, que espera poder dar cada vez mais esse contributo a Portugal, com a tribo de artistas e criativos que todos os anos anseiam por setembro para rumar a Tróia. Portugal já é conhecido como um país de unicórnios, e tem criatividade e talento para fazer surgir ainda mais.