O tempo passa e a verdade é que a Geração Z (a Gen Z), já não é a geração dos adolescentes. Estima-se que em 2025, 27% dos trabalhadores façam parte deste grupo, por isso, é natural que o mercado de trabalho esteja em mudança, incluindo novas ideias e novos métodos, alguns radicais.
Os grandes nómadas digitais
O primeiro factor a ter em conta, é que a Gen Z é a primeira “geração global”, tendo crescido com tecnologia avançada como computadores, smartphones e acesso livre à internet, algo que para os Millennials apenas chegou durante a sua adolescência. Este elemento torna-os excepcionalmente bons e à vontade com as novas tecnologias.
Não é de estranhar, por isso, que sejam a geração dos nómadas digitais. Enquanto o conceito era invulgar para os Baby Boomer e para a Geração X, ou algo exótico para os Millennials, para a Gen Z este é um modo de vida cativante e popular. Existem neste momento empresas cuja força de trabalho é toda composta por este tipo de trabalhador, e resulta! É natural, portanto, que comece a ter nómadas digitais a candidatarem-se à sua empresa, especialmente se adotou o modelo de trabalho remoto.
A melhoria das condições de trabalho
A ideia de mudar de emprego duas vezes por ano sempre foi um tabu junto das gerações - visto como um sinal de pouca responsabilidade ou falta de qualidade. Contudo, a Gen Z é contemporânea de algumas mudanças sociais que lhes permitem a liberdade de “saltar de emprego”, o chamado “job hopping”.
A primeira questão prende-se com a pressão social em criar uma família. Não ser casado com filhos aos 30 anos era questionável até há alguns anos atrás. Isto significava que a população trabalhadora tinha como missão permanecer numa profissão estável e duradoura, mesmo que as condições não fossem muito favoráveis. Hoje em dia, esta pressão não existe na mesma escala.
O segundo factor prende-se com a economia. Os preços das rendas e das casas estão nos valores mais altos de sempre, o que leva milhares de jovens a não conseguirem sair de casa dos pais tão cedo. Esta segurança de ter um telhado fixo, permite-lhes experimentar diversas empresas e profissões, até chegarem a uma que de facto os motive e concretize profissionalmente.
O culminar destes elementos é o tal “job hopping”, muitas vezes causado por salários baixos, falta de equipamentos para trabalho, ou culturas tóxicas com abusos de poder por parte das chefias ou outros conflitos com membros mais antigos das empresas. Assim, os negócios estão a mudar, a alimentar boas culturas, a aumentar salários, a criarem espaços convidativos para uma nova geração. Quem não se adaptar, estará em risco de perder a sua força de trabalho nos próximos 30 anos.
Aumento da diversidade nas empresas
Este ponto é especialmente verdade nas empresas fundadas pela Gen Z. A diversidade e a igualdade entre pessoas é uma das grandes paixões desta geração e isso está a refletir-se no mercado de trabalho. É cada vez mais comum encontrarmos todo o tipo de pessoa nas empresas modernas, contratadas pelo seu valor profissional e não pela sua aparência, género, estatuto, religião, étnia, entre outros.
Investimento nas tecnologias do futuro
Como dito anteriormente, a Gen Z nasceu dentro da cultura da tecnologia, o que facilita na hora de terem interesse pelas novidades do futuro. Esta geração interessa-se sobre criptomoedas, realidade virtual e aumentada, inteligência artificial, ou robótica, tornando-se profissionais perfeitos para empresas que se focam nestas áreas. De igual modo, são também eles que muitas vezes convencem as chefias e adotarem algumas destas ferramentas para agilizar o trabalho das empresas, ajudando-as a modernizarem-se de cima a baixo.
Perceba quais os objetivos profissionais da Gen Z e também os modos como esta pode ser benéfica à sua empresa. Todas as gerações mudam o mercado de trabalho e é preciso adaptar-se a estas alterações, de modo a continuar na concorrência, crescendo a sua empresa de ano para ano.
