Transformação Contínua em Cibersegurança: Estratégia, Investimento e Transição como Pilares Fundamentais

Transformação Contínua em Cibersegurança: Estratégia, Investimento e Transição como Pilares Fundamentais
21
nov
2023
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10 minutos de leitura
Atualizado a
21 nov 2023

A Cibersegurança é um tema que tem de estar sempre na sua mente, em constante atualização, de forma a que a estratégia continue a proteger a sua empresa ao longo do tempo.

Num mundo em constante digitalização e interconexão, a cibersegurança tornou-se um pilar central para empresas e organizações. As ameaças cibernéticas, em evolução constante, exigem uma abordagem pró-ativa e contínua, fundamentalmente estratégica, onde o investimento mais importante está na realização de um plano de transição, na avaliação de riscos e vulnerabilidades, modelação de ameaças, na avaliação do mercado e das soluções, bem como a elaboração de planos de implementação e adoção.

A cibersegurança é uma jornada contínua, não um destino final. 

Num ambiente cibernético em constante evolução, é tentador adquirir as tecnologias de segurança mais recentes e aparentemente eficazes, que saem de grandes fabricantes ou do marketing fantástico de incubadoras. Essa abordagem muitas vezes leva a soluções desconexas e a custos desnecessários e não previstos. Em vez disso, as organizações devem adotar uma estratégia de investimento bem definida, com a criação de um plano abrangente que identifica os objetivos de segurança, aloca recursos adequadamente e estabelece um plano claro para o futuro.

Um Plano de Transformação, tem por norma 4 fases fundamentais, num modelo que se deve realimentar pelo princípio da melhoria contínua. 

1. Avaliação do Estado Atual

A primeira etapa em qualquer estratégia de cibersegurança é a avaliação de riscos e vulnerabilidades. Isso envolve a identificação de ativos críticos, ameaças potenciais e vulnerabilidades em potencial. Ao compreender os riscos específicos que uma organização enfrenta, é possível direcionar recursos para áreas que requerem atenção imediata. Além disso, essa avaliação contínua ajuda a adaptar a estratégia de segurança à medida que o ambiente cibernético evolui.

O passo seguinte será a modelação de ameaças, uma ferramenta fundamental para compreender como os atacantes podem explorar as vulnerabilidades identificadas. Isso permite que as organizações priorizem as ameaças mais críticas e direcionam recursos para proteção contra elas. A modelação de ameaças também ajuda a prever possíveis cenários de ataque, permitindo que as equipes de segurança estejam mais preparadas para responder a incidentes.

As soluções devem ser escaláveis, integráveis e capazes de se adaptar às mudanças nas ameaças cibernéticas. 

2. Avaliação de Mercado e Soluções

Num mercado repleto de opções de segurança, a avaliação cuidadosa de soluções é crucial, onde se deve considerar não apenas a eficácia das soluções, mas também como elas se encaixam na estratégia global de segurança da organização. As soluções devem ser escaláveis, integráveis e capazes de se adaptar às mudanças nas ameaças cibernéticas. A avaliação de fornecedores, revisões e referências de mercado desempenham um papel fundamental nessa fase.

A adoção de uma cultura de segurança cibernética deve ser incentivada em todos os níveis da organização.

3. Planos de Implementação e Adoção

A implementação de medidas de segurança exige um plano sólido, que seja capaz de definir fases, alocação de recursos, formação de colaboradores e comunicação eficaz. A estratégia de segurança deve ser implementada de forma cuidadosa e consistente em toda a organização, e o progresso deve ser monitorizado continuamente. Além disso, a adoção de uma cultura de segurança cibernética deve ser incentivada em todos os níveis da organização.

4. Plano de Transição e Melhoria Contínua

Além de uma estratégia sólida e investimento eficaz, é crucial ter um plano de transição bem elaborado. A transição na cibersegurança envolve a evolução contínua da estratégia de segurança para se adaptar às ameaças em constante mudança e às necessidades da organização. Isso pode incluir a migração de tecnologias, a introdução de práticas de segurança mais avançadas e a adaptação às novas regulamentações e padrões do setor.

A cibersegurança é uma jornada contínua, não um destino final. À medida que as ameaças evoluem e as organizações mudam, as estratégias de segurança também devem evoluir. Isso significa que a avaliação de riscos, a modelação de ameaças, a avaliação de mercado e soluções, bem como os planos de implementação e adoção, devem ser revisados e ajustados regularmente. A transição na cibersegurança desempenha um papel fundamental na adaptação contínua da estratégia de segurança.

Uma estratégia de investimento sólida, juntamente com um plano de transição bem elaborado, é essencial para uma transformação contínua eficaz em cibersegurança. A abordagem de "comprar tecnologia" sem um plano estratégico pode resultar em desperdício de recursos e lacunas na segurança das organizações. A avaliação de riscos, modelação de ameaças, avaliação de mercado e soluções, juntamente com planos de implementação e adoção, desempenham papéis cruciais na proteção das organizações contra ameaças cibernéticas em constante evolução. A cibersegurança não é um destino, mas sim uma jornada contínua que requer adaptabilidade e compromisso, com a transição desempenhando um papel crucial nesse processo.

 

Rui Ribeiro, dirige a unidade de negócio de Cloud na NOS SGPS

Rui Ribeiro, com mais de 15 anos de experiência nas áreas de Tecnologia, Gestão e Consultoria, dirige atualmente a unidade de negócio de Cloud na NOS SGPS. É licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, possui também duas pós-graduações, a primeira em Engenharia Informática e posteriormente em Serviços e Gestão. A título pessoal, apoia de forma ativa projetos de solidariedade, sendo fundador de uma ONG que promove a cooperação, solidariedade, igualdade de género e inclusão socio afetiva de pessoas em vulnerabilidade ou pobreza.

 

 

 

 

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