Bem-vindos à escola do futuro

Bem-vindos à escola do futuro
27
set
2021
INSIGHT
NOS
14 minutos de leitura
Atualizado a
23 jan 2023

A primeira escola 5G do país está em Matosinhos. Os alunos da Secundária João Gonçalves Zarco foram os primeiros a ir ao Pavilhão do Conhecimento sem saírem da sala de aulas. Uma visita de estudo virtual que deu os primeiros passos para o futuro do ensino.

Diogo, Inês, Hugo, Francisco, Filipe, Ana Rita e Maria Inês são alguns dos alunos da primeira escola do futuro em Portugal. São do 12.º Ano, da área de Ciências, da Escola Secundária João Gonçalves Zarco em Matosinhos. Falaram connosco depois de fazerem uma visita de estudo ao Pavilhão do Conhecimento em Lisboa, mas não saíram da sala de aula em Matosinhos.

Como? À boleia do 5G e com o recurso à realidade virtual, estes alunos foram pela primeira vez ao Pavilhão do Conhecimento. Com a ajuda de um guia em Lisboa, fizeram uma incursão em tempo real a algumas experiências científicas que se encontram em exposição a mais de 300 quilómetros de distância. Feixes de luz ou a formação de tornados foram algumas das sensações imersivas vividas por estes alunos. “Foi espantoso. É mesmo como se lá estivéssemos. Hoje foi no Pavilhão do Conhecimento, mas podia ser em qualquer lado, até na Lua!”, diz Hugo.

De Matosinhos para o país e para o mundo, com o 5G

À entrada da escola João Gonçalves Zarco, o slogan “Mais de 60 anos a construir futuros” diz muito sobre este estabelecimento de ensino. O seu diretor José Ramos afirma a esse propósito que o “futuro tem que começar na escola, que deve servir os seus desígnios: preparar os alunos, através de inovadores processos de aprendizagem, para o futuro”.

Na mesma linha de inovação, Luísa Salgueiro, presidente agora reeleita da Câmara Municipal de Matosinhos, orgulha-se de ter a primeira cidade do país preparada para a quinta geração de redes móveis. “A partir de Matosinhos para o país, é um orgulho anunciar a primeira escola 5G em Portugal, num concelho preparado para responder aos grandes desafios que a transição digital nos coloca”.

O 5G promove um ensino mais democrático, a modernização de métodos de ensino e a literacia digital, segundo Manuel Ramalho Eanes.

Uma nova realidade na educação em Matosinhos materializada agora pela NOS, que com a escola João Gonçalves Zarco e a parceira tecnológica Ericsson farão acontecer o futuro. No fundo, é fazer desta escola um exemplo para o futuro da educação em Portugal, que começou em Matosinhos e se prepara para chegar a todo o país. Uma educação acessível, a democratização de métodos de ensino e a desmaterialização de recursos foram os três eixos apontados por Manuel Ramalho Eanes, administrador da NOS, para “preparar os jovens para o amanhã, com soluções necessárias para que se tire o pleno partido do potencial enorme do 5G”. Um percurso que começa com “o papel transformador das redes móveis, com as soluções e recursos de vanguarda e com novas formas de aprendizagem que eliminam as barreiras tradicionais”, diz a presidente executiva da Ericsson Portugal, Sofia Vaz Pires.

Veja aqui a reação dos alunos da escola João Gonçalves Zarco à visita virtual ao Pavilhão do Conhecimento:

O poder do 5G na educação

A pandemia já alterou a maneira como pensávamos a escola, mas o 5G pode alterar o significado de escola para sempre. Mais do que modelos híbridos de aprendizagem, entre aulas presenciais e remotas, o 5G permitirá um sem número de possibilidades, em que apenas a imaginação na sua utilização é o limite. Da realidade virtual à realidade aumentada, do ensino imersivo aos vídeos 3D, da gamificação à sensorização em escala, a escola do futuro vai respirar tecnologia.

O poder da rede da quinta geração pode alterar a forma como professores e alunos interagem entre si e também com os seus materiais de aprendizagem. Visitar o interior de um átomo, fazer uma viagem ao sistema circulatório humano, caminhar pelo meio das pirâmides de Gizé ou participar em projetos de grupo à distância pode parecer tão natural quanto discutir ideias na mesma mesa de trabalho. A resposta quase em tempo real, ou seja, a baixa latência, e a alta largura de banda do 5G abrem a educação ao mundo, tornando realidade aquilo que sempre pensámos como ficção científica.

Como serão as salas de aula do futuro?

  • Aprender com realidade virtual e realidade aumentada - Com o 5G, os professores podem recorrer a novas formas de ensino, em todas as disciplinas. Com o recurso à realidade virtual e aumentada, as representações realistas e interativas abrem uma nova era nas escolas, a aprendizagem faz-se de uma maneira imediata e também mais lata. Explorar o interior do planeta Terra em realidade virtual, por exemplo, e perceber assim como é composto, poupa muitas páginas de estudo nos manuais escolares e pode gerar uma apropriação e memorização superiores por parte dos alunos. Tal como diz a velha máxima: “conta-me e eu esquecerei, mostra-me e talvez me lembre, envolve-me e recordarei para sempre”

  • Ter professores em todo o mundo - Esta é uma das razões por que se diz que as escolas se abrirão ao mundo com o 5G. Um professor nativo de inglês, por exemplo, pode dar aulas de inglês para uma plateia mundial de alunos em tempo real, sem quebras de rede e sem paragens. As ferramentas de tradução simultânea tornarão qualquer formador e qualquer conteúdo compreensíveis pelos alunos, não havendo barreiras para o que podem aprender

  • Conhecer em tempo real - O 5G traz consigo o potencial da Internet das Coisas (IoT) e os seus múltiplos dispositivos conetados que irão impactar o ensino e a aprendizagem. Por exemplo, os sensores inteligentes podem informar diariamente os alunos das condições climáticas, do estado da água ou do ar em diferentes locais do planeta, ao segundo. Ou, por exemplo, uma câmara de vídeo configurada pode mostrar na sala de aula a vivência de um animal no seu habitat natural e fornecer dados nunca vistos sobre o mesmo.

  • Democratizar o conhecimento e a inclusão digital - Zonas rurais ou mais periféricas assistirão a um momento de viragem com maior acesso remoto ao ensino, mais conteúdos imersivos e muito maior interatividade. Basta uma ligação fiável à internet e equipamentos acessíveis a todos os alunos, para atenuar a exclusão e democratizar o conhecimento.

Momento em que um aluno faz visita em realidade virtual ao Pavilhão do Conhecimento em tempo real.

É numa sociedade cada vez mais móvel e digital, que caminha para o futuro com dispositivos tecnológicos de bolso ou de pulso com respostas para muitas das nossas perguntas, que o 5G pode fazer toda a diferença. Seja na cidade, na saúde, nas empresas ou na indútria, uma das mais importantes portas de entrada desta tecnologia é, sem dúvida, a educação.

Como diz Inês, aluna da Gonçalves Zarco, o 5G tornará “as aulas muito mais interessantes, o que motivará muito mais os alunos. Além de que aliviará o peso das costas, uma vez que os manuais digitais e interativos substituirão os manuais pesados de papel”. E os professores estão preparados? “Sim, cada vez aderem mais às novas tecnologias. É bom para todos, facilitando todas as áreas da nossa vida e é também muito bom para o ambiente”, remata Inês.

Há que preparar agora professores e alunos de todo o país para esta realidade cada vez mais próxima, para que tirem partido de todas as potencialidades que o 5G pode trazer à escola e à sua vida. O seu sucesso é o sucesso do país. “É tempo de fazer, é tempo de aproveitar o 5G”, destaca Manuel Ramalho Eanes.

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