Knok: um médico disponível sempre e em todo o lado

Knok: um médico disponível sempre e em todo o lado
08
ago
2021
Insights 5G
NOS Empresas
5 minutos de leitura
Atualizado a
01 ago 2024

A Knok liga médicos a pacientes em tempo real. Uma solução inovadora portuguesa que mostra como a tecnologia transforma a Saúde.

39ºC de febre. O pequeno Gonçalo acordou com dores de garganta, prostrado e sem apetite. A primeira ideia foi levá-lo de imediato às urgências hospitalares. Houve uma consulta, um diagnóstico - a habitual virose - e uma manhã perdida. No outro dia, tudo igual. Nova consulta e o mesmo diagnóstico. Só ao terceiro dia, com um médico mais recetivo ao problema, o diagnóstico mudou e a nova medicação surtiu efeito. Entretanto, foram precisas três manhãs, três médicos e o pagamento de três consultas para resolver um problema de saúde simples.

 

Uma história inspiradora na origem do sucesso

Esta foi a história do gestor José Bastos, mas podia ser a sua. A diferença é que José Bastos, ao contrário da maioria das pessoas, pensou numa alternativa e agiu, quis escrever uma nova página na Saúde. Largou o emprego e resolveu criar uma aplicação que lhe dissesse, em tempo real, os médicos disponíveis para chegarem até si. A ideia tornou-se realidade no final de 2015 e hoje está ao acesso de todos. Basta abrir a aplicação Knok, permitir que a mesma verifique a localização geográfica, e é apresentado o leque de médicos mais perto, preparados para atender qualquer paciente à distância.

São cerca de 300 os médicos disponíveis - mais de metade prestam videoconsultas e os restantes fazem deslocações ao domicílio -, e são já responsáveis por 130 mil consultas por ano. A disponibilização do 5G em Portugal vai reforçar ainda mais a importância da Knok, e de novas tecnologias 5G, na Saúde.

A Knok garante 130 mil consultas médicas por ano, a maioria delas feitas à distância com apoio de tecnologia médica avançada

Os números da Knok têm vindo a crescer no último ano e espelham uma realidade comum a todo o mundo. A pandemia acelerou o crescimento das consultas à distância, tanto do lado dos pacientes como da oferta. Um estudo recente da consultora McKinsey indica que a utilização da telemedicina nos Estados Unidos está 38 vezes acima do registado antes da Covid-19 e representa 17% do total de consultas. Saúde mental, dependências, endocrinologia, reumatismo e gastroenterologia são as áreas mais procuradas, segundo o mesmo relatório e 84% dos médicos dedicam parte do seu horário a videoconsultas.

Cerca de 17% de todas as consultas nos EUA são feitas à distância, segundo um relatório recente da McKinsey. E 84% dos médicos dedicam tempo à telemedicina

Aproximar doentes e médicos de forma simples e digital

A Knok Healthcare nasceu de um problema do dia-a-dia e tornou-se um exemplo de inovação na telemedicina em Portugal. O sucesso da startup portuguesa passou por simplificar o acesso a médicos e consultas, aplicando um modelo inspirado nas plataformas digitais de transportes ou entregas. “É o segredo mais bem guardado da saúde em Portugal”, define o seu CEO e fundador, José Bastos. Já para o médico e Chief Medical Officer da Knok, Filipe Freitas Pinto, o “rótulo de Uber dos médicos” foi a porta de entrada. “Serviu de mote para criarmos uma base de médicos que tivesse uma índole mais tecnológica para chegarmos onde estamos hoje: uma plataforma sólida de telemedicina, com acesso às mais variadas ferramentas digitais”, explica o médico.

Qualquer pessoa com acesso à internet e do interior do país, onde há escassez de profissionais, consegue ter um médico com a experiência de um hospital central a fazer-lhe a consulta remotamente, afirma José Bastos.

José Bastos, Co-founder Knok e Filipe Pinto, Chief Medical Officer Knok

 

Sistema de telemedicina pronto para as empresas

O que nasceu para ligar médicos e doentes, de uma forma simples e intuitiva, evoluiu para um sistema de telemedicina integrado de alta qualidade - uma clínica digital, com todos os meios humanos e recursos indispensáveis à prática médica. Gera poupança, de tempo e de custos, e alarga muito a acessibilidade e cobertura geográfica. Em pouco tempo a Knok conseguiu garantir um tempo de espera máximo de 15 minutos para uma consulta.

Em parceria com a NOS, a plataforma da Knok está também disponível para consultórios, clínicas ou hospitais. O NOS Telemedicina Pro é uma solução pronta a usar pelos profissionais de saúde.

Em Portugal, apesar do número de médicos por 100 mil habitantes estar ao nível dos melhores países da Europa, há cerca de um milhão de pessoas sem médico de família. E longas listas de espera para consultas ou cirurgias. A solução da Knok oferece uma resposta eficaz para muitos destes problemas e a criação de uma parceria com a NOS foi um passo natural, dada a procura de ambas as empresas em trazer benefícios para a Saúde, e para a sociedade em geral, através da tecnologia. O serviço NOS Telemedicina Pro usa a tecnologia da Knok e pode ser adoptado quer por profissionais médicos individuais, quer por clínicas ou centros hospitalares. Oferece tanto serviços simples de videoconsultas - sem necessidade de o paciente descarregar uma app - como integração completa com o sistema de gestão clínica e mesmo uma linha de apoio técnico.

 

Medir sinais vitais a olhar para o telemóvel

Imagine que há muito tempo que não avalia o seu estado de saúde, uma vez que se tem sentido bem. Num futuro muito breve, antes de falar com um médico, será feito um breve questionário e deve olhar durante 60 segundos, para a câmara do seu smartphone. É tempo mais do que suficiente para ser feita a leitura de sinais vitais, como a pressão arterial e as pulsações, com o device Check Vital Signs, “que vai estar live no último trimestre do ano”, garante José Bastos.

Em breve os médicos da Knok vão medir sinais vitais pelo smartphone. O passo seguinte serão as análises laboratoriais simplificadas

Num futuro um pouco mais distante, com as inovações 5G na Saúde, podem acrescentar-se a estas variáveis biológicas as laboratoriais, como as análises clínicas ao domicílio. Sem sair de casa e sem perder uma manhã de trabalho, é feita uma avaliação rápida do estado de saúde.

 

Combater a resistência, confiar na tecnologia

“Os médicos tendem a ter receio da tecnologia, porque é o mesmo que se eu tivesse agora aqui três ou quatro categorias de fármacos completamente novas: se eu não conheço, não vou prescrever até que esteja confortável em fazê-lo. E a tecnologia funciona da mesma maneira. Por isso, cabe-nos a nós ensiná-los e treiná-los para usarem com confiança aquela nova tecnologia”, continua Filipe Freitas Pinto.

 

O futuro da Saúde com o 5G em Portugal

Parceira tecnológica deste projeto, a NOS ajuda a Knok a fazer o que ninguém fez. Quando o 5G chegar a Portugal, esta clínica digital vai ganhar ainda mais impulso, com um fluxo de dados permanente, “em que a monitorização do doente, que hoje é discreta, passará a ser contínua”, refere José Bastos. Aí, avançaremos para outro nível, o da autonomização e da responsabilização individual de cada um, também com a ajuda de wearables e outras tecnologias 5G na Saúde. E os médicos, serão substituídos? “Não, as plataformas digitais não vão substituir os médicos, mas os médicos que as usam vão substituir os médicos que não as usam”, remata Filipe Freitas Pinto.