Há vários anos que ouvimos falar das maravilhas das casas e dos eletrodomésticos inteligentes. Desde máquinas da roupa que se ativam sozinhas, a frigoríficos que alertam para a falta de iogurtes; desde luzes que se acendem com um estalar de dedos, a estores que fecham para baixar a temperatura. Ter uma vida fácil e confortável em casa, com a ajuda da tecnologia, é uma realidade cada vez mais presente. Com um simples router de internet ligado à rede fixa garante-se uma expansão massiva dos equipamentos conectados e das smart homes, onde um telemóvel com 5G e uma aplicação podem controlar tudo. Desde iluminação e interruptores até câmaras de vigilância e alarmes que garantem a segurança de uma casa, com uma robustez de internet que assegura até ao máximo de 50 equipamentos inteligentes conectados ao mesmo tempo, é tempo de viver na casa do futuro, com uma interconexão que lhe traz mais inteligência, segurança e eficiência.
Uma casa do amanhã, com mais equipamentos conectados e sempre ligados
Para ter uma casa que se vai adaptando ao nosso estilo de vida, que garante a segurança de todos os que nela habitam e que ajuda a reduzir os consumos de água ou de energia, precisamos de equipamentos sempre conectados, sensores que recolhem todo o tipo de dados e um processamento virtual de toda essa informação. Com muita inteligência artificial a apoiar, a facilitar e a agilizar o nosso dia a dia. Numa rede robusta, as comunicações de todos esses equipamentos, entre si e connosco, funcionam de forma simples e sem falhas.
Uma casa inteligente também aprende
Provavelmente muitos dos eletrodomésticos que já tem em casa são ‘inteligentes’, como a televisão que permite abrir aplicações ou a máquina da roupa que adapta o programa à sujidade que vai detetando na água. Na verdade, esses equipamentos estão conectados, mas não são forçosamente ‘inteligentes’. A inteligência vai chegar com a maior conectividade e velocidade, que permite a machine learning, a aprendizagem por parte das máquinas, e possibilita que todos os equipamentos possam trabalhar em conjunto.
O robô aspirador vai ativar-se sozinho ao estar ligado a sensores e câmaras que detetam sujidade.
Sistemas de iluminação ou ar condicionado que se adaptam às pessoas que vivem numa casa vão expandir-se; frigoríficos e congeladores que analisam a quantidade de comida vão também adaptar as suas condições para conservar adequadamente os alimentos; sensores nas várias divisões podem analisar a qualidade do ar e podem até alertar para ruídos e presença de pessoas estranhas; e robôs aspiradores conseguem ativar-se quando associados a sensores e câmaras de alta definição. A IoT (Internet das Coisas), aliada ao processamento de dados na cloud, vai permitir que todo o tipo de equipamentos sejam mais pequenos, leves e acessíveis, mas ao mesmo tempo aumentar as suas capacidades.
Conectar e controlar todos esses devices é mais simples e rápido, com uma fiabilidade constante das ligações à internet. E uma aliança entre as principais empresas tecnológicas - que inclui a Google, a Amazon ou a Apple -, também vai ajudar à expansão dos equipamentos inteligentes para casa. Trata-se de um compromisso para assegurar a interoperabilidade de dispositivos de marcas diferentes, sejam eles gadgets complexos e assistentes virtuais como o Google Assistant, a Alexa da Amazon ou a Siri da Apple, ou simples consumíveis como lâmpadas ou interruptores inteligentes.
Robôs para assistência doméstica vão fazer das nossas casas as naves espaciais do cinema.
Os robôs de assistência, que já começam a ser testados e usados em hotéis, aeroportos ou grandes edifícios públicos, vão entrar definitivamente nas nossas casas e tornar-se mais acessíveis, que garantirá que as ordens em qualquer dispositivo sejam imediatas e as ações em tempo real. Podem ser um apoio extra para aumentar a independência de idosos ou pessoas com mobilidade reduzida, com sensores que detetam problemas e ativam chamadas de emergência. Mesmo que isto pareça demasiado futurista, é fácil antever aplicações bem mais simples, como montar um móvel com a ajuda de uns óculos de realidade virtual em vez de usar instruções confusas em papel.
Frigoríficos que analisam a quantidade de comida informam o que fazer para conservar adequadamente os alimentos
Segurança a toda a prova
O confinamento e o teletrabalho levaram as pessoas a passarem mais tempo em casa, a descobrirem as vantagens e as dificuldades de trabalhar no mesmo espaço em que se vive. A procura de equipamentos que tornem mais fácil essa vivência vai continuar a crescer, na medida em que o trabalho remoto continuará a ser uma realidade para muitas pessoas. A ‘casa escritório’ ou ‘casa empresa’ é uma tendência que vai exigir mais rapidez da rede e dos equipamentos nos próximos anos. Com a network slicing será possível garantir que todos os dispositivos de uma casa têm o seu espaço virtual para funcionar.
Cada vez mais pessoas trabalham a partir de casa. Viver numa ‘casa empresa’ é mais fácil se for uma smart home com todos os equipamentos conectados.
A segurança é outro aspeto cada vez mais procurado e que pode ser melhorado com a maior sensorização e digitalização. Campainhas e fechaduras inteligentes com câmaras que fazem reconhecimento de pessoas conhecidas; sensores avançados de movimentos colocados em qualquer lado; câmaras de muito alta definição; sistemas de deteção de fumos, fugas de gás ou de água ou quaisquer outras situações anómalas. Todos estes dispositivos - com controlo e alertas fáceis para o telemóvel ou outro equipamento portátil, e inteligência artificial que permite afastar ‘falsos positivos’ - vão poder ser instalados em qualquer lado, uma vez que serão mais pequenos, com um consumo reduzido de energia e de conexão simples à internet.
Sistemas de vigilância e fechaduras inteligentes vão tornar as nossas casas mais seguras e comunicar com a vizinhança, para benefício de toda a comunidade.
É também no capítulo da segurança que a interoperabilidade de equipamentos é um fator decisivo, potenciada pela latência mínima da rede. As campainhas inteligentes ligadas ao smartphone poderão estar conectadas também ao assistente virtual em casa e ativar outras câmaras e sensores. As smart homes abrem também o caminho para os ‘bairros inteligentes’, com uma gestão comum de várias funcionalidades. Em termos de segurança, uma tentativa de assalto ou uma situação suspeita pode gerar alertas não apenas para autoridades, mas também para equipamentos IoT de casas próximas.
Smart homes ajudam a poupar na carteira e no meio ambiente
Uma smart home oferece vantagens em termos de conforto, facilita a gestão doméstica e ajuda nas tarefas, desde a cozinha à limpeza, sem esquecer a iluminação. E consegue trazer poupanças a vários níveis. A preocupação com o ambiente e com a eficiência cumpre-se nas smart homes.
A comunicação entre diferentes equipamentos e eletrodomésticos permite uma gestão mais eficiente da água e da energia em casa.
Tomando como base a sensorização, associada a uma latência extremamente reduzida, ao recurso à inteligência artificial e ao processamento de dados na cloud, todos os dispositivos e equipamentos vão agir e reagir de forma mais ágil, com ganhos notórios de eficiência. Lâmpadas inteligentes controladas por app poderão tornar-se autónomas e adaptar-se ao percurso das pessoas numa casa; o mesmo para o ar condicionado que, associado a sensores que cruzam temperatura, luminosidade ou humidade, procura o melhor ambiente em coordenação com persianas e até janelas. Na cozinha, onde muitos equipamentos já conseguem programar tempos e receitas sozinhos, a gestão da energia e da água vai ser ainda mais eficiente.
Várias marcas de eletrodomésticos também têm apostado na utilização e reciclagem comum da água, ou no aproveitamento do calor de determinados equipamentos para outros. Com uma conexão mais eficaz, esse tipo de sistemas integrados torna-se mais simples. E a gestão energética, à qual se junta o tratamento de resíduos, pode evoluir da casa para a rua e para o bairro.
Das smart homes vamos evoluir para os bairros inteligentes e cooperativos. A nova rede facilita a gestão integrada de eletricidade, água e desperdícios.
As casas inteligentes e conectadas facilitam a vida de quem nelas habita e ajudam a garantir a sustentabilidade ambiental. É tempo de fazer com que a tecnologia evolua, com uma rede fiável que mantém todos os equipamentos ligados e lhes permite comunicar, aprender e agir. Uma smart home pode mudar a nossa vida.